Após anos extremamente complicados para economia, Portugal registou um aumento expressivo nos preços da habitação, especialmente a partir de 2018, sendo esta evolução resultado de uma combinação de fatores que pressionaram o mercado imobiliário nacional.

Entre as principais causas, destaca-se o crescimento da procura internacional, impulsionado por programas como os Vistos Gold “VG” e o regime fiscal para Residentes Não Habituais “RNH”, que tornaram o país especialmente atrativo para investidores estrangeiros. Paralelamente, a expansão do turismo e do alojamento local, reduziu significativamente a oferta de habitação disponível para residentes, contribuindo para a escalada dos preços.
As taxas de juro historicamente baixas verificadas até 2022 estimularam o recurso ao crédito e intensificaram o investimento imobiliário, enquanto a retoma económica após a crise da dívida reforçou a confiança dos consumidores e investidores.
A estes fatores soma-se uma oferta estruturalmente limitada, marcada por baixa construção nova e processos administrativos lentos, incapazes de acompanhar o aumento da procura.
A combinação destes elementos levou a uma valorização acelerada do mercado, especialmente nas áreas urbanas, conclui Vitor de Araújo, CEO da Maïvas.
A evolução tem sido crescente de ano para ano e mesmo com o anúncio de medidas de mitigação e de apoio às famílias, o impacto dessas medidas têm sido residuais.
Será que as novas leis e medidas anunciadas pelo Governo terão impacto no sector?
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